Juros baixos e a recriação do Sertão

Muita gente vê no noticiário: o governo federal está preparando a economia para baixar a taxa de juros Selic. "Besteira" alguns dizem, "desde criança eu vejo essa taxa caindo ou subindo e na minha vida não acontece nada...". Engano! E estamos entrando num momento sem comparação para tirarmos (A) vantagem: se você souber pra que ela serve!

Na verdade este é um momento único para o país. Para fazer frente à crise internacional, o governo federal fez os bancos públicos (a Caixa e o Banco do Brasil) baixarem suas taxas de juros. Com essa jogada, o governo está pressionando os bancos privados (Bradesco, Santander, Itaú etc..) a também baixarem as deles. Para quê? No fim de tudo, o governo federal está dando condições para a Selic ser baixada. Essa danada é, vamos dizer assim, a base para todas as outras taxas que são cobradas pelos bancos. Com taxas menores, as pessoas com renda também menores podem contratar empréstimos e financiamentos de todos os tipos.

Daí vem os desconfiados: “Deus me livre, isso é pra pegar besta, pra fazer empréstimo e lascar com o povo!”. De certo modo podemos concordar que, com empréstimos, muita gente investe em coisas que não trazem retorno (dependendo do uso), como móveis, carros ou casas. Mas de outra forma, com as taxas de juros menores, qualquer pessoa com uma renda básica e o devido planejamento está começando a enxergar a possibilidade de investir em algo que dê retorno financeiro e que sonha há muito tempo; tipo, sei lá: uma pequena fábrica de pipocas, uma mercearia ou uma empresa ponto-com - quer dizer: dinheiro traz mais dinheiro quando bem investido, este é o chamado capital produtivo.
Isto tudo é para fazer frente, aqui no Brasil, à crise internacional, que tá pegando pesado lá fora. O Brasil está começando a sentir o péssimo momento econômico externo porque é o segundo pais com a maior taxa de juros do mundo (perde apenas para a Rússia).

E onde ficam nossos empreendedores de Salgueiro e região? Esperando passar em um concurso sem nunca estudar? Estão trabalhando para os outros? Existem pessoas com habilidade, disposição e garra entre nós, e para criação de um negócio, meu amigo, as possibilidades estão se abrindo como nunca antes.

Mas atenção: montar o próprio negócio é coisa séria. Não é a difículdade toda de que falam por ai, mas apoio é necessário. Por que não procurar pessoas qualificadas para tal? O SEBRAE e o sistema S estão por ai para ajudar. A UPE tem curso de administração na cidade (inclusive com administradores já formados fazendo consultoria e que também podem ser procurados); Além do mais existem cursos a distância de qualidade na cidade (vide Unniter, Eadcom e Fatec), para os que querem se preparar, mas não tem tempo.
Ai ai ai ui ui ui! Quem quer dinheiro???
Se as pessoas acham que a cidade só pode crescer apenas com indústrias vindas de fora estão enganadas: imagine, crie, desenvolva, inove e principalmente finque seus pés, porque as possibilidades são muitas e apoio não falta.

As pessoas do nosso Sertão Central possuem fortes características empreendedoras e estamos confiantes de que muita coisa boa pode vir daqui. Quem nos dará orgulho? Ou melhor, quais as pessoas que irão juntas sonhar, imaginar e acima de tudo recriar o nosso sertão? A gente precisa mostrar nossa capacidade, criar nosso momento e estamos entrando numa fase de ouro, cabe a gente aproveitar e deixar de esperar pelos outros.

Léotets acha que a expressão "querer um lugar ao sol" tem que ser reinventada para o sertão. rsrs o/

2 comentários:

Sabrina disse...

Adorei o post... é bem verdade que nessa fase de mudança, propícia ao empreendedorismo, bate uma vontade de largar tudo, deixar de trabalhar pros outros e ser "patrão" de si mesmo.

leotets disse...

heheh valeu Sabrina e a vontade que dá é essa mesma!! Se ela vale a pena, por que não arriscar?? o/