NOSSO ROCK SEM FRONTEIRAS

Já se foi o tempo em que nos baseávamos em pequenos grupos e também não tínhamos visibilidade, organização e apoio para fazer um show de Rock. A nossa cena alternativa agora já não se limita mais aos nossos pequenos círculos locais. Parnamirim se mostra agora brilhante, o Rock de Salgueiro há muito conheceu a união para o crescimento (aproximou ainda mais o pessoal do meio e se abriu para outros ares) e o de Serra Talhada ressurge e também mostra que tem sede nessa integração. Ouricuri, Petrolina e floresta, centros igualmente tradicionais do Rock na região, também começam a participar e a inspirar a todos de que estamos realizando coisas novas.


Bandas atuantes, novos promotores culturais com visão de futuro, além do apoio e suporte do poder público, tais como Prefeituras (a de Salgueiro tem o grande destaque entre elas até então) e a FUNDARPE com seus importantes projetos, vêm contribuindo para o aumento na frequência dos eventos. Todos estão possibilitando o fortalecimento da cena, sendo que algo novo e decisivo vem surgindo: o trânsito intermunicipal de público e bandas e o contato constante através dos grupos e das amizades feitas nas redes sociais.

Esta movimentação é chave porque está permitindo desenvolver público na região como um todo, o que significa o surgimento de um número cada vez maior de pessoas amantes de sons alternativos nessa terra seca de água, mas com sede também pelo fazer.
Bandas de Garagem 2012, FUNDARPE
por Luiz Felipe

Neste momento, o volume maior de público nos shows em cada cidade, por enquanto, se deve mais a este importantíssimo suporte mútuo entre os fãs de Rock. Isso vem permitindo maior visibilidade em cada local onde os shows acontecem – principalmente entre os mais jovens. Pode-se projetar já a médio, bem como longo prazos, o surgimento de uma massa amante do estilo em cada cidade devido a esta circulação sem fronteiras e que irá aumentar ainda mais a exposição e o desenvolvimento do bom e velho Rock no nosso sertão.

O nosso Rock seco, desse modo teimoso e insistente, aos poucos vem se consolidando de maneira sólida como nunca antes. Novos grandes caminhos são naturalmente seguidos de grandes desafios. Digo isso porque ainda falta o mais importante nisso tudo: músicas genuínas e originais que nos representem e que tratem de nosso jeito de ser e viver, da nossa própria reconstrução de identidade. Músicas que façam sonhar ou enfurecer as cabeças desses sertanejos modernos e desbravadores de modo intenso e constante.

Léotets já ensaiou na garagem de Simão :D

3 comentários:

Naiche Chaves disse...

Parabéns Leo

Gabriel disse...

Muito Bom !

Gabriel disse...

Muito Bom !