Domingo de manhã: “Homi, o negócio é deixar de ser individualista e pensar em si mesmo!”

Esta frase não é de Yuri Kaldas. Ela surgiu no final de uma conversa recente com Rubinho, grande amigo e também parceiro de banda. Ele criou de improviso esta expressão das que só ele consegue e eu concordei na hora! (também aos risos!). Esta foi a conclusão do nosso debate implícito: aquele negócio chato do politicamente correto.



Nos nossos círculos sociais, pessoais ou não (dos bares com bitrens à mesa aos chás filosóficos da Paulo Freire – ou é Coca Cola?), o politicamente correto surge quando algum ato ou comentário de intolerância é feito ou dito e toma as nossas conversas, até sem querer.

A busca combativa contra o desrespeito às ideias e comportamentos que não são iguais aos nossos, bem como às diferenças de cada um felizmente entraram nos assuntos usuais.

Mas de modo desavisado, o politicamente correto está fazendo vezes de uma ditadura branda que pode sufocar. Isto acontece quando leva alguém a pensar que o fato de não concordar com algo em muitos casos seria o mesmo que discriminar, o que não é verdade.

Não concordar é sadio até o ponto em que não interferirmos prejudicialmente na vida e na convivência com o outro. Até esse extremo, discordar é fundamento, inclusive, do respeito democrático – e o Brasil (pelo menos diz o povo rsrs) faz tempo está tentando se consolidar...

Possivelmente o medo de ser taxado como preconceituoso tenha tomado de assalto às pessoas de bem – todos nós que respeitamos os outros e a nós mesmos (e tem também as pessoas da salada e jantar kkkk). Isto induz em muitos de nós o desejo de afirmar aos pares, de modo falso, que concordamos com tudo. Um tipo de fuga um tanto covarde.

Quem é intolerante é individualista e age de modo irracional contra seus próprios fantasmas. Este é o ponto da distorção.

Quem é sadio tem a prática de tentar se conhecer e buscar pelas soluções de suas próprias mazelas. Quem age assim dificilmente se tornará uma pessoa intolerante. Buscar pelo autoconhecimento é a melhor forma de pensar sobre si. Pensar sobre si nos faz perceber que somos diferentes dos demais, que temos nossa individualidade. Desta maneira também descobrimos o respeito próprio e iremos saber do valor em respeitar os outros e tolerar as diferenças de todos. Assim fica fácil afastar o individualismo, a sua consequencia – a intolerância – e o discurso porre dos politicamente corretos.

Respeito é convivência: questão de sobrevivência (Eu não queria uma rima... e tá parecendo a feiticeira no comercial antigo orr! rsrs).

Leonardo não gosta de algumas coisas que Rodolfo diz escutar. Mas eu respeito, Rodolfo! Kkkkkkkkkkkk o/

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