Resenha de Paul MacCartney em Recife dia 21 de abril - Versão Impessoal

Prestes a ser capa da revista Time que sai no dia 05 de junho deste ano, em comemoração aos seus intensos 70 anos (capa sendo escolhida pelo público da revista), Paul MacCartney fez dois shows históricos para a cidade do Recife e para o nordeste em geral. Realizado no estádio do Arruda (do time pernambucano Santa Cruz, onde  inclusive irá encontrar novamente seu algoz, o Carcará, pela segunda vez nessa semifinal no próximo dia 30), o show realizado no último sábado, dia 21, foi lindo e grandioso, a pesar dos vários contratempos operacionais.
O símbolo dos hippies no palco
A abertura dos portões, marcada para 17hs, aconteceu apenas às 18:30 diante de um público transtornado. As filas desordenadas e confusas tiveram fim apenas nos momentos anteriores ao início do show às 21:30 pontuais. A polícia teve de abrir espaço para a entrada do artista que, provavelmente desavisado, saudava o público que há pouco havia sido evacuado forçosamente das “filas triplas” em que estavam.

Interessante como, momentos adiante e em meio a ensaios de protestos, foi distribuído material institucional que fazia alusão ao símbolo de curtir do Facebook. Estes foram usados como “armas de protesto”, com o polegar para baixo em desaprovação às “filas triplas” que surgiram, tudo ao som de vaias.

Depois do caos, outro mundo se abriu para o público que adentrou o estádio: O grande palco, as músicas “para aquecimento”, as torres de som e iluminação, os quiosques e os banheiros químicos, tudo foi estabelecido ou estava disposto de modo estratégico, para um público admirado com a dimensão e a qualidade, apesar de alguns outros problemas operacionais e dos preços extorsivos; desde o preço dos “cachorros quentes” gelados às caras camisas oficiais (em comparação com as “alternativas” – que inclusive eram muito parecidas).

Foi um grande show, embora parte do público não tivesse tanta familiaridade com alguns trabalhos próprios escolhidos. Músicas como Junior’s Farm e Let me Roll It foram recebidas com atenção e finalizadas com aplausos respeitosos à Sir Paul McCartney e seu inestimável valor para nossa cultura pós-moderna. Mas durante todo o show, apesar de algumas escolhas não tão felizes, a empolgação de todos não se abalava apesar de alguns poucos momentos burocráticos: Muitos clássicos dos Beatles (claro!) e muitos hits dos Wings e da carreira solo mostraram a verdadeira face daquele público: All My Loving, Jet, Paperback Writer, Maybe I’m amazed, Dance Tonight, Band on the run, e uma continuação absurda para um público ensandecido. Let it Be, seu piano e o coral com todos, Hey Jude e os dedos de paz para cima; Yesterday e o rock potência de Helter Skelter já no segundo biz;  Houve também a reação absurda do público a Carry That Weight. Depois da última (The End...), Paul solta a pérola: “Oxente foi tudo arretado!”.
Fooogo em Live and Let Die
Estas e todas as 37 canções tomaram jovens de vinte e poucos saudosos do que não viveram e os uniram aos beatlemaniacos originais e presentes com seus cabelos brancos que lembraram, durante aquelas lindas 3 horas de show, o quanto foram cúmplices e corresponsáveis por tudo o que aconteceu desde os intensos anos 60 e, antes de tudo, que época louca e felizes eles viveram e seu percurso até chegar alí, diante daquele símbolo quase utópico: Paul, que proporcionou e catalisou a felicidade convulsiva daquela noite.

A importância deste show e o do dia seguinte para Recife e o nordeste é que estamos começando a entrar em definitivo na rota de eventos internacionais de grandes proporções. Boatos circularam no evento de que a próxima atração será o U2 – mas isto é um pouco improvável. Segundo o site U2 BR, em março, a prefeitura tuitou o que segue:
Planmusic, empresa que traz show de Paul McCartney, diz que U2 e Rolling Stones vem por aí . Recife na rota dos maiores eventos do mundo.
— Prefeitura do Recife (@recifeweb) março 23, 2012
E realmente não quis dizer nada. O U2 atualmente está em estúdio com vários discos em produção ao mesmo tempo. Mas por outro lado, os Stones se preparam para a comemoração dos seus 50 anos de banda – para eles virem, portanto, é mais provável. De qualquer forma, com o show de Paul McCartney estamos realmente vendo algo novo no horizonte musical da nossa região.

Basta começar a juntar grana e aguardar o que se aproxima. Vai ser muito bom e estaremos todos lá! \*/
............................Léo

2 comentários:

Paulo Mariano disse...

Ôxi, deve ter sido muito bom; pela sua inspiração! Escreveu quase um livro sobre.
Paulo

Leotets disse...

kkkkkkkkkkkkkkk valeu paulo!!!!!!!! auhuahuahu o/