Carcará e imprensa: Pequenas notinhas para grandes vitórias

Manhã de domingo comum em nosso Sertão Central. O dia Já começou quente e eu não consigo mais dormir. Finalmente é chegada a hora de marcar os passos de retorno às terras pajaraquianas. O convite foi feito pelo CEO desse vasto império: Pajaraca_N, protetor do gênio Yuri Caldas e de seu morcego de estimação. Ele me confiou à responsabilidade de comentar tudo o que influencia ou pode influenciar a vida em Salgueiro e região.
Salgueiro nobre Salgueiro terra brava do sertããããão...

Interessante como a grande imprensa não divulga bem o ótimo desempenho do Salgueiro Atlético Clube (SAC), o nosso Carcará...
O time desse sertão orgulhoso foi líder por 10 rodadas, mas quase não foi citado nas mídias tradicionais. Certa altura, por exemplo, o Sport continuou falado mesmo sendo segundo colocado e nada foi muito comentado sobre o líder Salgueiro. Ou ainda, apenas pequenas notinhas nos jornais para grandes vitórias, em casa ou fora.
A ascensão do time de Salgueiro é sinal de que este e outros centros no estado estão se desenvolvendo, mostrando que uma melhor distribuição econômico-social é possível. Na verdade, nossa cidade há algum tempo possui um bom nível qualidade de vida (vide Ranking IDH-M 2000 IDH e Ranking). Inclui-se aqui o nosso capital intelectual.
No entanto, uma recente matéria da Globo Nordeste produzida para o Globo Esporte mostra uma Salgueiro caricata e tola. Citaram uma pretensa modinha no local, onde o verde do SAC estaria se tornando a cor predominante nas residências, estabelecimentos... E nos cabelos... Nada mais “pitoresco”.
É o Carcará do Sertãããão!
Os órgãos de imprensa demonstram uma necessidade em minimizar a gravidade de importância dos indivíduos interioranos. Talvez isso se deva à localização do poderio econômico de interesse para eles. Em Pernambuco, este poder se estabelece, principal e historicamente, na zona da mata e quase totalmente na capital, Recife.

Além do que a imprensa está sucumbindo, aos poucos, à pulverização da informação, causada pela internet e seus instrumentos – o mesmo que aconteceu com a indústria da música – e isto vem sendo um fenômeno internacional.
A internet livre que conhecemos serve como meio para as diversas opiniões se mostrarem e isso quase sempre é ruim para os interesses da grande mídia. Interior influente representa redistribuição de influências – isto vale para qualquer cidade interiorana que se destaque em algo relevante. Fenômenos locais importantes, com o apoio da web, vêm sendo divulgado de todas as maneiras e por todos os lados. Um incômodo para os antigos formadores de opinião.

Este é um caminho sem volta e muitos têm dificuldades em se adaptar: procuram manter o status quo porque a criatividade se foi. O fim dessa história já é conhecido, um dejavú renitente.
Transformações estão acontecendo, cabendo apenas a atuação do tempo e das mentes incansáveis, vindas de todas as partes – incluindo agora as pessoas do interior, repletas de ideias, em conjunto (porque não?) com as mentes não menos livres dos grandes centros, através das redes sociais.

Mas enquanto o fim do modelo de imprensa que conhecemos não chega, esperemos a vitória do nosso carcará ousado e mesmo se não vier troféu (madeira três vezes!) nós temos paciência, mas desde já eles tem de nos engolir.
Fiquem com Boscão:

Da próxima vez, Rodolfo, talvez eu me lembre de escrever menos! Huhuhuh........... Léo.

Um comentário:

Graus disse...

Sobre o SAC, só lembro que nenhum outro time conseguiu tirar a invencibilidade do Carcará no Salgueirão nessa temporada. A Labombonera do Sertão pega fogo quanto o time entra em campo. Sobre o lance da imprensa, não entendi muito bem, então vou ler novamente até entender o que foi escrito.